Fazendo diferença para indivíduos, grupos e organizações

1988 – A origem do Impulso

A partir de uma pergunta feita por um relevante empresário paulista em um workshop, Daniel Burkhard teve o impulso primordial para a criação da ADIGO.

O empresário era Max Feffer (1926-2001), à época vice presidente do Grupo Suzano Feffer, e sua pergunta fora:

Como preparar o seu grupo empresarial para uma nova fase de crescimento e desenvolvimento com base nos conceitos do NPI, Instituto Holandês fundado pelo professor Bernard Lievegoed, que tanto o impactaram durante o workshop?

Lievegoed foi pioneiro em pesquisar, desenvolver, estruturar e introduzir os conceitos de Desenvolvimento Organizacional na Europa com base nos arquétipos da antroposofia, em meados do século passado.

Essa pergunta foi importante para Daniel compreender que havia no Brasil a necessidade e a oportunidade para a criação de uma consultoria diferenciada, que trabalhasse com esses conceitos.

Max foi o primeiro cliente da ADIGO.

Meses depois, Jair Moggi, executivo na Mangels Industrial, que na década de 70 vivenciou um profundo processo de desenvolvimento e transformação organizacional conduzido por Daniel, juntou-se a ele com a seguinte pergunta:

Como colocar o que tinha aprendido à disposição de outras empresas, já que não queria continuar com a sua carreira de executivo após o processo de mudança que tinha vivido?

2018 – O que rolou nesses 30 anos?

Na “rolança do tempo“, centenas de empresas e milhares de pessoas passaram pelos conceitos da ADIGO. Muitos tornaram-se clientes assíduos e amigos, simpatizantes do nosso propósito de Apoiar o Desenvolvimento de Indivíduos, Grupos e Organizações nos seus processos de crescimento e emancipação. Alguns clientes tornaram-se sócios e contribuíram para a nossa consolidação como uma consultoria de vanguarda.

Nesse período, também, muitos talentos dessas empresas e de participantes em programas abertos foram despertados. Essas novas sementes germinaram e desabrocharam em inúmeras iniciativas individuais e coletivas, ressoando, sustentando e potencializando a Missão da ADIGO em diversos campos.

E agora? O que vem pela frente?

Para celebrar esses 30 anos, os sócios atuais da ADIGO Desenvolvimento decidiram promover uma profunda revisão e atualização dos conceitos e conteúdos dos seus serviços de consultoria e de seus Programas de Formaçao, Treinamento e Desenvolvimento. Foi, também, atualizada a sua marca e revigorado o compromisso de manter a essência da ADIGO para que o seu impulso original continue transcendendo para o futuro.

A ADIGO Desenvolvimento sintetiza em sua marca o seu propósito: Apoiar o Desenvolvimento de Indivíduos, Grupos e Organizações

A ADIGO Desenvolvimento sintetiza em sua marca o seu propósito: Apoiar o Desenvolvimento de Indivíduos, Grupos e Organizações. Nos dedicamos ao desenvolvimento de profissionais e empresas, contemplando os mais diversos ramos, portes e origens, no que se refere a atividades de consultoria, facilitação, mediação, “coaching” individual, “coaching” de grupos, “mentoring” e realização de programas de treinamento e desenvolvimento.
Atuamos a partir dos princípios da Antroposofia e dos conceitos difundidos pelo Nederlands Pedagogisch Instituut (NPI), que contribuem para uma visão inovadora do desenvolvimento integrado de indivíduos, grupos e organizações e, consequentemente, para o alcance de resultados práticos.

Em nossa história, de três décadas como consultores, construímos uma imagem simplicidade, profundidade e consistência.

Nossa equipe de especialistas – orientada por uma base filosófica comum e uma mesma concepção de vida e trabalho – possui ampla e variada bagagem empresarial, executiva e senioridade como consultores de organizações.

Essa rica experiência de vida e empresarial possibilita o compartilhamento de conhecimentos e abordagens nas mais diversas áreas da gestão empresarial, governança corporativa e desenvolvimento humano, contribuindo para a construção de soluções criativas, simples e autossustentadas em conjunto com os nossos clientes.

Nosso Propósito

Apoiar e facilitar processos de crescimento e transformação de Indivíduos, Grupos, Organizações, por meio da ampliação da consciência, autonomia e da superação de seus desafios.

Princípios

Simplicidade com Profundidade
Solidariedade com Confiança
Liberdade com Responsabilidade
Co-criação com Profissionalismo

A origem do Ecosocial (Jair Moggi)

O Conselho Consultivo do Instituto Ecosocial, em março de 2009, solicitou-me que eu, na qualidade de fundador e primeiro presidente do instituto, escrevesse a sua biografia, contando o que ocorreu nos seus primeiros anos de existência. Obviamente o Instituto EcoSocial não começou na data da sua fundação, pois como todo organismo social, ele teve uma fase de incubação, inspiração, concepção e gestação com muitas conversas e discussões ocorrida entre seus criadores. E tudo isso ocorreu no útero da Adigo.

Gostaria de dizer que, registrar a biografia do Instituto EcoSocial, principalmente os acontecimentos dos primeiros anos, é importante porque à medida que o tempo vai passando, as memórias das origens, dos valores e dos impulsos originais que nos mobilizavam nos anos precedentes à fundação e nos primeiros anos de infância vão se esvanecendo. O que é natural, pois à medida que o tempo passa, por diversas razões, no futuro, as pessoas que lhe deram origem não estarão mais presentes para servirem de memória viva para aqueles que chegam.

O Instituto EcoSocial por ser uma construção social coletiva, onde as pessoas a ele se filiam a partir de um impulso individual, é “um palco cármico” por excelência nessa fase de desenvolvimento da humanidade. Ele atrai como membros, parceiros, clientes ou simpatizantes, pessoas que buscam aqui a sua realização pessoal e profissional pela afinidade que sentem pelos conceitos da Antroposofia e pelo espírito do tempo.

Por isso, é fundamental que essas “boas almas chegantes”, tenham uma referência material e não só verbal das origens do instituto. O contato com os principais eventos biográficos seminais do mesmo, com certeza servirá, não só de fonte de informação, mas de inspiração e orientação para que “os chegantes” também possam se conectar e participar da construção e transformação do Instituto EcoSocial no presente e no futuro.

Ao aceitar o pedido do conselho senti que não seria uma tarefa fácil, porque escrever uma biografia sempre traz um problema e é importante deixar isso claro logo no início desse texto.

Qual é o problema?

Desde a minha chegada na Adigo, em outubro de 1988, para ser o primeiro sócio do Daniel Burkhard, que a fundou em março do mesmo ano, uma coisa me preocupava à medida que novos clientes e novos sócios chegavam.

O que me incomodava existencialmente?

Incomodava a mim a nossa incapacidade de atender às novas demandas genuínas que nos chegavam e que ficavam sem respostas, por que não tínhamos capacidade de atender.

É importante registrar que, como sócios, entre outras coisas, tínhamos definido como uma das diretrizes básicas da Adigo para o futuro “que não queríamos crescer por crescer”, mas sim crescer através de um processo orgânico, e até um determinado número de sócios que quisessem e pudessem trabalhar como “parceiros de destino”, a partir da Antroposofia e dos impulsos do NPI2, atendendo principalmente a Processos de Desenvolvimento Organizacional. Como não atendíamos programas específicos de treinamento, bem como pequenas empresas, por exemplo, muitas demandas que nos chegavam simplesmente ficavam sem respostas.

Juntamente com esses meus incômodos germinais, colocados anteriormente, podemos dizer também que o Instituto EcoSocial teve como impulso os seguintes fatos, no contexto da Adigo:

  • Aproximaram-se da Adigo ao longo do tempo, diversos consultores que atuaram em parceria com os vários sócios e que se transformaram em “amigos da casa”, mas que não eram sócios da Adigo. Chegou uma época que tínhamos tanta gente circulando na casa que criamos uma sala chamada “parceiródromo”, nos fundos da sede anterior da Adigo, na Av. Dória, 164. Essa sala e outros recursos da Adigo acabaram sendo utilizadas pelos membros do Instituto EcoSocial durante uma certa época, enquanto ele ainda vivia “sob as asas da Adigo”.
  • Em determinado momento dessa época a que me refiro, também nos demos conta que tínhamos em nossas mãos um programa para formação de consultores muito diferenciado no mercado, que era baseado em nossos conceitos antroposóficos. Esse programa vinha sendo realizado com muito sucesso já há anos, e num determinado momento, constatei que tínhamos sete turmas em andamento, com turmas em São Paulo e Rio de Janeiro. Isso perfazia um total de 35 módulos envolvendo cerca de 200 pessoas. Isso é, praticamente tínhamos uma escola dentro da Adigo, guardadas as devidas proporções. Como a Adigo não queria crescer em número de sócios, eu achava que essas pessoas precisavam estar articuladas em torno de algo, que podia ser uma entidade próxima a nós, o que viria a ser o Instituto EcoSocial futuramente.
  • Uma outra vertente desse meu impulso, ligada às origens do Instituto EcoSocial, nasceu com o reconhecido sucesso do Projeto de Transformação da SABESP conduzido por mim no período 1995-2000. Com esse trabalho percebi que havia um segmento que os sócios da Adigo não queriam se envolver por diversas razões, que era o segmento de empresas públicas e também das empresas do terceiro setor, que começava a nascer naquela época.

Assim, de 1993 até 2000, com mais ênfase nos anos de 1997 a 2000 eu sempre trazia a questão de que poderíamos fazer mais no mundo desde que tivéssemos uma forma de estruturar e organizar os nossos parceiros para atender demandas que nós, como Adigo, não atendíamos. As questões que, invariavelmente, sempre trabalhávamos nas nossas reuniões de final de ano  eram: “Como atender a demanda dos clientes? Como atender o interesse dos que querem aprender a atuar a partir da Antroposofia? Como crescer organicamente? Quanto crescer?”

É importante resgatar que nesse período, em uma das nossas visões de futuro, tivemos discussões internas para se criar núcleos regionais da Adigo, a partir do fato de que já tínhamos projetos no Rio de Janeiro, decorrentes da localização dos sócios cariocas , o Daniel tinha se mudado para Florianópolis e havia a possibilidade de termos sócios em outras regiões/ Estados. Mas o impulso não avançou e eu retornei à idéia de transformar a Adigo em um instituto que contemplasse os incômodos colocados anteriormente.

Nesse período, a partir de um determinado momento, comecei a alimentar a imagem junto aos sócios de: por que não transformar a Adigo num Instituto, que poderia se expandir através dos parceiros, “as boas almas” que tinham se aproximado de nós ao longo dos anos?

Foram estes impulsos que deram origem ao 1º encontro de Parceiros da Adigo (05.02.2002), onde a idéia do Instituto Adigo foi apresentada pela primeira vez aos parceiros da Adigo, que seria os futuros membros fundadores do Instituto Ecosocial.